quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Os sofrimentos cooperam para nosso amadurecimento


Os sofrimentos cooperam para nosso amadurecimento

Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que o valor da vossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:6-7)
Mt 3:11; 4:17; 13:24-30; Rm 8:5-6; Ap 2:5, 8-11
A experiência de João em Éfeso é um encorajamento para nós. Com muita paciência e amor, ele ajudou os irmãos a se libertarem das discussões sobre doutrinas, comuns aos que estão na esfera anímica, e a viverem no espírito. Quando estamos no espírito, podemos ser uma “boa terra”, uma igreja desejável que tem um coração adequado e frutífero para Deus.
Portanto, ao nos depararmos com algum irmão, ou alguma igreja, vivendo segundo a vida da alma, não vamos julgá-los e condená-los nem mesmo rejeitá-los. Vamos orar por eles, esperando que sejam iluminados pelo Senhor para que se arrependam e voltem a viver pelo Espírito.
Com efeito, o arrependimento é condição essencial para nos tornarmos vencedores. O significado de arrependimento é negar a vida da alma, é ter uma mudança na maneira de pensar. Em Apocalipse 2:5 o Senhor disse à igreja em Éfeso: “Arrepende-te e volta à prática das primeiras obras”. Quando nos arrependemos, isto é, negamos a nós mesmos e nossa maneira antiga de pensar e viver, ficamos livres para fazer a vontade de Deus.
Isso é tão importante que, antes mesmo de o Senhor iniciar Sua obra na terra, João Batista pregava o arrependimento. Depois Jesus também passou a pregar e a dizer as mesmas palavras: “Arrependei-vos porque está próximo e reino dos céus” (Mt 4:17).
A mente é a parte representante da alma. Em Romanos 8, vemos que não devemos inclinar a mente para a carne, pois o resultado é morte. Mas quando a mente se inclina para o espírito, o resultado é vida e paz (v. 6). Portanto, mudar de mente significa pender a mente para o Espírito, e, como resultado, ter a alma transformada pelo Espírito. Essa transformação decorre de recebermos o batismo de fogo do Espírito (Mt 3:11), cuja função é queimar as impurezas e purificar nossa alma. O queimar do Espírito produz um sofrimento interior, um genuíno arrependimento, que nos leva a mudar nossa maneira de pensar e agir.
Em Apocalipse 2:8, temos a segunda igreja, Esmirna. Esta representa a igreja que passou por uma intensa perseguição por parte do império romano. A partir do final do primeiro século, muitos cristãos foram perseguidos e martirizados. Surpreendentemente, quanto mais eles eram perseguidos e mortos, mais se multiplicavam. Mesmo diante da morte, eles invocavam o nome do Senhor, como aconteceu com Estêvão (At 7:59-60), e também guardavam a Palavra. Isso os fez não ter medo dos sofrimentos e ser fiéis até a morte, pois tinham a promessa da coroa da vida (Ap 2:10).
As perseguições e sofrimentos pelos quais a igreja em Esmirna passou nos mostram sua relação com a parábola do joio, que foi semeado pelo inimigo para impedir o trigo de crescer e amadurecer (Mt 13:24-30). Do mesmo modo, quando voltamos a mente para o espírito, vemos que os sofrimentos pelos quais passamos cooperam para nosso amadurecimento, pois passamos a buscar mais a vida divina e isso resulta em mais crescimento e transformação. Louvado seja o Senhor!

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