domingo, 24 de junho de 2012

Deus carece de ministros. Você atenderá Seu chamado

Deus carece de ministros. Você atenderá Seu chamado

Imagine jovem: você sendo convidado pelo excelentíssimo presidente da República para ser um de seus ministros! Qual seria sua atitude e reação frente a seu chamamento; você não se sentiria honrado? Agora imagine o próprio Deus o convidando para você fazer parte de Seu ministério!
Deus, em todas as eras, contou com homens para fazer parte desse ministério. Em toda a Bíblia, nunca vemos o Senhor agindo de forma isolada sem a participação do homem. No ministério do Antigo Testamento, Deus pôde contar com vários homens que foram chamados,  ainda jovens. Temos vários exemplos, tanto no Antigo como no Novo Testamento, de pessoas que serviam ao Senhor como ministros. No Antigo Testamento, podemos tomar como exemplo a pessoa de Samuel, que era um jovem que servia ao Senhor desde menino. Na época de Samuel, os jovens não se importavam com o Senhor, nem com o serviço a Ele. Entretanto, havia um jovem naquela época que fez diferença e pôde mudar sua era. Samuel não foi um jovem influenciado por más amizades. Até mesmo no templo, ele soube escolher com quem andar. Ele não andava com os filhos de Eli que eram conhecidos como filhos de Belial. A Bíblia nos diz que o jovem Samuel servia ao Senhor ainda menino. Como resultado de seu serviço ao Senhor, Samuel crescia não só espiritualmente, mas em favor dos homens. (1 Samuel 2:12, 17-18, 22-26; 3:1). Jovens, precisamos aprender com a experiência do jovem Samuel a nos consagrar ao serviço ao Senhor a fim de que Ele possa cuidar de nosso futuro. Assim como o Senhor usou Samuel em sua juventude, Deus pôde usar muitos outros personagens no Antigo Testamento para a obra do ministério.
No ministério do Novo Testamento, Deus primeiramente contou com Seu próprio Filho, Jesus Cristo. Seu ministério teve, como primeiro fundamento, o arrependimento (Mateus 4:16-17). Se quisermos ser úteis ao Senhor, precisamos ser pessoas que se arrependem, ou seja, que mudam de idéia. Nossos pensamentos e nossas atitudes precisam estar de acordo com a vontade de Deus. Ao ler os evangelhos, não demoramos muito para perceber que o Senhor não trabalhava sozinho; pelo contrário, de forma rápida o Senhor começou a chamar alguns discípulos para serem ministros, assim como Ele era (Marcos 3:13-19). O Senhor então, começou a aperfeiçoá-los nas situações e circunstâncias do dia-a-dia.
No livro de Atos, logo após a ressurreição do Senhor, aqueles discípulos chamados pelo Senhor haviam se tornado apóstolos que foram comissionados a pregar o evangelho a todas as nações (Mateus 28:19; Atos 1:8). Pedro, entretanto, um dos doze, demonstrou, no capítulo 10 do livro de Atos, grande dificuldade por causa da tradição. A tradição continua sendo um grande obstáculo até os dias de hoje. Em Marcos 7: 8-9, 13 lemos: “Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens [...] Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição [...] invalidando a palavra de Deus pela vossa própria tradição”. Parece que os doze apóstolos não estavam atentos quando o Senhor falou essas palavras. Precisamos estar atentos nas reuniões da igreja a fim de que não percamos nenhuma palavra vinda do próprio Senhor por meio dos irmãos.
A partir do capítulo 13 de Atos, o Senhor resolveu ganhar Saulo de Tarso – aquele que seria decisivo para levar a salvação aos gentios. Muito do que o Senhor conseguiu no Novo Testamento, deve-se à pessoa, ao caráter e à dedicação do ministro Paulo. No entanto, quando lemos as duas últimas epístolas de Paulo escritas ao jovem Timóteo, vemos que a degradação havia alcançado a igreja. A degradação não poupou nem mesmo a igreja em Éfeso, aquela com que Paulo gastou mais tempo. As palavras de Paulo, infelizmente não foram tomadas no espírito, não foram transformadas em prática, mas em conteúdo de discussão entre muitos irmãos. Precisamos aprender uma lição com o ministério do apóstolo Paulo. Se tomarmos a Palavra do Senhor como mera doutrina, ela não poderá operar de maneira eficaz em nossa vida. Todas as verdades devem ser praticadas (1 Timóteo 1:3-6; 2 Timóteo 1:15)!
Em meio a tal quadro desolador, o Senhor, em Sua infinita sabedoria, preservou o apóstolo João, no exílio da ilha de Patmos para restaurar dois itens fundamentais e essenciais para o ministério do Novo Testamento (Apocalipse 1:9). Como ministro chamado e aperfeiçoado por Deus, João conduziu o ministério orgânico, seu ministério ulterior. A Bíblia registra que João, quando era um discípulo que andava com o Senhor, era chamado de Boanerges, que quer dizer filho do trovão (Marcos 3:17). Pense só, jovem: como deveria ser João! Com certeza ele não era alguém muito fácil de lidar, devia ter uma personalidade difícil, barulhento e com o “estopim curto”. Além disso, João era ambicioso e orgulhoso. Precisamos admitir que nos parecemos com João. Muitas vezes trovejamos com as pessoas, professores, amigos e até com os pais. Parece comum à natureza do jovem, pela falta de maturidade e experiência, ser alguém de temperamento complicado, justiceiro demais com os outros e muito misericordioso consigo mesmo, rápido para murmurar, julgar, não comedido nas palavras e no tratamento com os entes queridos e com as pessoas em geral. Enfim, parece que não somos tão distintos de João! Todavia, tal tipo de homem, a despeito do que era ou do que aparentava ser, foi não apenas transformado por Deus, mas pôde, mesmo em sua velhice, ser profundamente usado pelo Senhor para ajudar as igrejas a restaurarem o primeiro amor para com o Senhor, a começar pela igreja em Éfeso (Apocalipse 2:4-5).
Existe um trecho no Novo Testamento que nos enche de alegria. “O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito” (2 Coríntios 3:6). Isso quer dizer que nosso amado Senhor não trabalha sob a ótica da exclusão. O Senhor deseja incluir todos nós nesse ministério, desde que estejamos no espírito e suficientemente rendidos para dizer-Lhe, como Isaías: “Eis me aqui, Senhor, envia-me a mim” (Isaias 6:8). O chamamento que o Senhor está nos propondo não se limita a esta vida! Tal chamamento transcende a visão estreita que temos quando consideramos o que comer, vestir, beber, com quem casar, que profissão escolher e exercer, onde trabalhar, que carro comprar, que casa possuir. Assim, tenhamos uma oração em nosso espírito: “Senhor, obrigado por não me descartar apesar de ser quem eu sou. Agora, por ouvir Sua voz, eu respondo a Seu chamado: “Eis me aqui! Envia-me a mim”.

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