terça-feira, 16 de abril de 2013

Misericórdia



O Senhor nos elegeu antes da fundação do mundo (Efésios 1:4). Nossa eleição não depende de obras ou de qualquer característica de nossa personalidade e caráter. Não há nada que possamos fazer para anular essa eleição. Por outro lado, não há nada, nenhum ato, pensamento ou sentimento que possamos apresentar como motivo para termos sido escolhidos por Deus. Ele simplesmente nos amou. Fomos eleitos segundo a presciência de Deus. Ele sempre soube quem somos e o que fazemos e, ainda assim, antes da criação, nos amou e elegeu (1 Pedro 1:1-2). Isso é misericórdia.
Todos nós, filhos de Deus, somos alvo de tal misericórdia. O Senhor espera que cada eleito valorize sua eleição e viva de acordo com esse chamamento. Jovem, você não é mais comum. Você foi eleito e chamado. Por isso, Pedro disse, “Segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: sede santos porque Eu sou Santo” (1 Pedro 1:15-16).
Não nos tornamos santos, isto é, separados para Deus, de uma hora para outra. Não desanime. O Senhor quer fazer um contrato conosco: desde que queiramos, e permitamos, “Ele mesmo nos há de aperfeiçoar, firmar, fundamentar e fortificar” (1 Pedro 5:10). Se fecharmos o contrato, o Senhor proverá situações para sermos treinados, depurados, assim como o ouro é depurado pelo fogo (1 Pedro 1:6-7). Ele também nos dará a alimentação adequada, o genuíno leite da Palavra (1 Pedro 2:2). Além disso, seremos introduzidos no mais avançado e completo centro de treinamento: a vida normal da igreja (1 Pedro 2:4-9). Jovem, não despreze a misericórdia de Deus, feche logo o contrato! Para fechar o contrato e começar a desfrutar tudo o que o Senhor preparou, basta orar: “Senhor, muito obrigado por Tua misericórdia. Quero sempre ser grato pelo que fizeste para me socorrer. Mesmo não merecendo, mesmo sendo um pecador, Tu vieste aqui e morreste por mim. Que amor! Senhor, quero consagrar toda minha vida a Ti e sempre Te amar e servir”.
Graça
Uma vez que tenhamos vencido a primeira etapa – receber a misericórdia de Deus –, há mais uma prova: a salvação. Não é suficiente fechar o contrato com o treinador, precisamos começar a treinar. Nosso alvo, o fim de nossa fé, é a salvação de nossa alma. Mais uma vez, vencer não depende de quão capazes ou obstinados sejamos. Não basta querer. Aliás, um homem pode ganhar todo o mundo e ainda assim perder sua alma (Mateus 16:26). O Senhor disse que não há nada que possamos dar em troca de nossa vida. Não há nenhuma obra, nenhuma conquista, nada que, partindo de nós, resulte em salvação. Somos salvos tão-somente pela graça, mediante a fé. E isto não vem de nós. É dom de Deus (Efésios 2:8).
Em suas epístolas, Pedro fala da graça pelo menos dez vezes. Em todas elas, graça está relacionada a nosso relacionamento com Deus. Algumas vezes, Pedro fala da graça relacionada ao pleno conhecimento de Cristo (2 Pedro 1:2; 3:18). Obter graça depende de conhecer Cristo. Isto é, quanto mais tempo despendemos em oração, quanto mais lemos e praticamos a Palavra, mais graça desfrutamos. É como se a graça, que não depende de nós, fosse a comida na geladeira. Para desfrutar o rico suprimento dado por Deus, basta ir ao lugar certo, tomar e comer. Receber graça não depende de nós, mas desfrutá-la é nossa responsabilidade. Jovem, não se desvie do caminho da graça. Voltar-nos ao Senhor constantemente é a maneira de desfrutarmos Sua graça. Pois Ele concede Sua graça aos humildes (1 Pedro 5:5).

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